Texto: Anelise Freitas, Laura Assis e Luiz Fernando Priamo
Abril já está quase chegando ao fim e daqui a pouco já está na hora de mais um Eco. Muito em breve a programação de maio estará no ar, mas enquanto isso vamos contar aqui o que rolou na última edição.
Bom, quem esteve por lá com certeza notou a ausência de Pedro Paiva, o homem por trás das pickups. Ele de fato não pode comparecer, mas mandou um substituto: jogando nas onze, o poeta Tiago Rattes foi o responsável pela trilha sonora da edição de abril, trilha essa que você pode conferir dando play logo abaixo:
"Trabalhas sem alegria para um mundo caduco,/onde as formas e as ações não encerram nenhum exemplo./Praticas laboriosamente os gestos universais,/sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual". Foram esses versos, do arrebatador "Elegia 1938" de Carlos Drummond de Andrade, os escolhidos pela apresentadora da noite para abrir a edição de abril. A poeta Anelise Freitas, autora de Vaca contemplativa em terreno baldio (Aquela Editora, 2011), foi a responsável por fazer as honras da casa, apresentando e chamando ao palco os convidados do elenco.
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Anelise Freitas. Foto: Laura Assis. |
O primeiro convidado foi Carlos Magno Rodrigues (conhecido no meio como “Létes”) que já no nome possui força imperial. Ele levou para o Eco a vídeo-performance Eu, Caio (uma parceria sua com o Coletivo Kinoia). Durante o vídeo, Létes interage com seu próprio subconsciente e com as cenas do vídeo, atrelando artes cênicas, plásticas e artes visuais. Chegando ao Espaço Mezcla o artivista estava um pouco nervoso, mas, assim que assumiu sua primeira apresentação no evento, logo mostrou a potencialidade da performance.
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"Eu, Caio". Foto: Laura Assis. |
Fred Spada foi o segundo a se apresentar. O poeta, que participou pela segunda vez do Eco, leu poemas de seu livro de estréia, Arqueologias do olhar (FUNALFA, 2011), como "Multilíngue" ("Palavra contida,/o silêncio fala/em todas as línguas.") e "Pessach" ("Nas palavras/me afogo –/e reinvento o respirar."). O livro do Fred ficou à venda na banquinha durante o evento, mas quem não esteve lá também pode adquirir seu exemplar através do email arqueologiasdoolhar@gmail.com
Fred Spada. Foto: Laura Assis. |
Encerrando o set dos convidados, Felipe Moratori, figura conhecida do teatro juizforano, tanto na autoria de peças como nas atuações, apresentou ao público a leitura do conto “O Porão”. O texto foi escrito em 2011 por Moratori como parte do módulo avançado do curso de teatro do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas. O resultado do texto e de outras experiências do curso foi o espetáculo “Os aplanadores de assoalho”. A performance teve uma duração pequena, porém, o impacto do texto é inversamente proporcional ao tempo, que se perdeu nesse caso. Um trecho:
“Nasceu no porão. Os lobos de estimação conferiram, com seus focinhos úmidos, se o recém-nascido veio com todos os seus dedinhos. Quase canina, a mãe procurava reconhecer o próprio rosto no reflexo do lodo sobre o chão, o que só era possível nas poucas vezes que a porta acima se abria, trazendo presentes iluminados para a criança. Naquela casa de lobos, as mães precisavam de rostos bem definidos, pois todos os filhos tinham grande dificuldade em reconhecer as expressões das faces.”
Felipe Moratori. Foto: Larissa Andrioli. |
O Microfone Aberto, apresentado por Luiz Fernando Priamo, foi bastante disputado, como de costume. Vários poetas se inscreveram e subiram no palco do Mezcla para mostrar seus versos. Quem esteve por lá curtiu uma noite com arte, poesia, livros, música, cerveja e diversão, programa certo em JF na nossa já tradicional primeira quinta-feira do mês.
Mas peraí... como assim você perdeu? Calma, não precisa chorar. Semana que vem tem mais! E já deixamos avisado também para quem esteve por lá e quer voltar: dia 03 de maio, a partir das 20h, o Eco Performances Poéticas realiza mais uma edição lá no Mezcla. Adiantamos que teremos a volta de uma grande poeta que já marcou presença em duas edições anteriores, além de uma estreante que promete e de um projeto com muito ritmo e melodia. Fique de olho no nosso blog e nas redes sociais, daqui a pouco sai a programação.
Mas peraí... como assim você perdeu? Calma, não precisa chorar. Semana que vem tem mais! E já deixamos avisado também para quem esteve por lá e quer voltar: dia 03 de maio, a partir das 20h, o Eco Performances Poéticas realiza mais uma edição lá no Mezcla. Adiantamos que teremos a volta de uma grande poeta que já marcou presença em duas edições anteriores, além de uma estreante que promete e de um projeto com muito ritmo e melodia. Fique de olho no nosso blog e nas redes sociais, daqui a pouco sai a programação.
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