quarta-feira, 20 de junho de 2012

Sobre o Eco de junho

Texto: Knorr


Em 7 de junho de 2012 o Eco comemorou seus primeiros quatro anos de existência. Eu sei como é isso, tenho um filho quase que com a mesma idade. São várias descobertas, questionamentos, a busca por uma linguagem própria, a trincheira do choro, uma recusa em crescer e ao mesmo tempo uma vontade enorme de ser grande. O melhor é conviver com isso, deixar o tempo rolar, e ouvir as broncas e os direcionamentos que aparecem em todos os lugares. Com o Eco não é diferente. Tá certo, não é um ser humano, mas trabalha (e fundo e bem fundo) para que quem dele participa, de alguma forma, seja mais humano. Poesia é ser humano.

O público. Foto: Laura Assis.
Banquinha. Foto: Laura Assis.
Anderson Pires. Foto: Larissa Andrioli.

A edição de junho, por acaso e feliz (ou infeliz) coincidência do calendário caiu justamente num início de feriado prolongado, numa quinta-feira chuvosa e fria e coincidindo com a greve da universidade federal. Tinha tudo pra não dar certo. Fracasso anunciado. Mas não. O que se viu foi um Mezcla lotado, com um público participativo e cada vez mais se interando desse duro ofício incoerente de se fazer poesia. Um a um, os fundadores e ativistas do movimento fizeram suas leituras e eu tive o prazer de ter sido convidado por eles para pré-lançar o meu livro que, aliás, foi concretizado e redescoberto graças a um convite feito por esses novos amigos há pouco mais de um ano. O clima estava tão aconchegante que até me arrisquei a colocar pra fora um desejo antigo, de falar um poema tendo como base um groove de hip-hop. E não é que deu certo?! 

Knorr. Foto: Larissa Andrioli.

Luiz Fernando Priamo. Foto: Larissa Andrioli.
André Capilé. Foto: Larissa Andrioli. 

O Eco é isso, é o concreto de todos esses sonhos poéticos que esses (me incluo aqui...) loucos por palavras deliram durante sua existência. Então, pra quem ainda não tem filho, ou pra quem ainda não teve a oportunidade de ir a uma edição do Eco, fica a dica: guardadas as devidas proporções, são duas experiências de geração, parto, afeto e carinho inigualáveis.

Anelise Freitas. Foto: Larissa Andrioli.

Vinil. Foto: Larissa Andrioli.
Sorteio! Foto: Laura Assis.

Até a edição de agosto. Evoé, Eco!!!

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