E agora?
Dei tanto valor a margens
que o rio secou.
Achei que sorrir era um fato
que o choro passou.
Pensei que o sol era farto
que a chuva caiu.
Imaginei que o espaço era exato
que a voz não saiu.
Sem dias
sem meses
sem datas
odeio as exatas
impostas pela sociedade
Estou farta!
Não sei o valor exato do quadrilátero
nem a raiz de 5
É exata?
Sei do amor
da palavra
do humano
da estrada.
Sei do desânimo
do sorriso animado
do caminho certo
Sei do passado,
que passou tão rápido
Do futuro,
que nem veio
Do instante,
mas... Qual é a medida exata
da reta larga
que marca o presente?
Calma aí.
O presente passou assim tão rápido?!
"E agora José?"
A tinta manchou
a voz se calou
coragem não veio.
"E agora José?"
E agora?
Cadê o respeito?
Sobre a autora: Ana Lidia Resende Paula integra o grupo o BPS - Sociedade dos Poetas Brasileiros. Publicou em 2012, aos 12 anos, seu primeiro livro de poemas, Linhas Poéticas e em 2014 lançou o livro Poetguese - A Utopia Por um Mundo de Palavras - publicado em Nova York, pelo Lettrs, que reuniu textos de 84 jovens de todo Brasil.
*
Edição de abril do Eco Performances Poéticas
10 de abril, sexta-feira, a partir das 19h
Museu de Arte Murilo Mendes
(Rua Benjamin Constant, 790. Centro. JF-MG)
Entrada franca
Evento no Facebook: http://on.fb.me/1F6BTq0
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